Gripe é Grave – VACINAR É VIVER
Você sabia que a gripe ou influenza pode até matar?
- Não confunda gripe com resfriado comum, pois são diferentes.
- Várias pessoas no Brasil morreram em 2016 por causa de complicações relacionadas à gripe provocada pelo vírus H1N1 – também conhecida como gripe suína.
- Naquele ano houve, até mesmo, certo pânico na população em busca da vacinação. Segundo o Ministério da Saúde, a maioria dos casos ocorreu na região Sudeste.
- Normalmente ocorrendo no período de fim de outono ou inverno, a doença começou mais cedo naquele ano, no fim do verão. Não houve um número igualmente alarmante de casos em 2017. Mas a doença é sazonal.
- Torcemos por um 2018 com poucos ou nenhum caso grave.
Cientificamente falando . . . há dados realmente convincentes?
A Influenza, conhecida como gripe, está entre as viroses mais frequentes em todo o mundo.
Desde os primórdios da história da humanidade é causa de surtos e pandemias.
A OMS estima que cerca de 10% da população é infectada anualmente pelo virus influenza e que 1,2 bilhões de pessoas apresentam risco elevado para complicações da doença.
- 385 milhões de idosos acima de 65 anos de idade,
- 140 milhões de crianças,
- 700 milhões de crianças e adultos com doença crônica.
A gripe é causada por mais de um tipo de vírus influenza, classificados como A e B, e cada um possui subtipos.
Os subtipos A que mais frequentemente infectam os humanos são os A (H1N1) e A (H3N2). Já os subtipos B são classificados como de linhagem Victoria e Yamagata.
Quem deve ser vacinado?
Todos. Pode-se, eventualmente, priorizar idosos e crianças num primeiro momento, mas restringir a vacinação a esses grupos pode ser um grave erro.
Esta vacina não está mais dentre as indicadas apenas para uma parcela da população. Não se trata de doença restrita a pessoas com saúde debilitada.
São vacinas seguras?
Sim, muito seguras.
Talvez (provavelmente) são as vacinas mais testadas e mais utilizadas em todo o mundo
O que podemos esperar para este ano?
Tudo o que pode ser dito no momento ainda é pouco, mas algumas informações já são conhecidas.
Sabemos, de início, o que está ocorrendo na Europa e nos Estados Unidos, mas isso não significa que o mesmo ocorra no Brasil.
- A epidemia de gripe no hemisfério norte está tendo predomínio do vírus H3N2, que foi a que predominou no hemisfério sul no ano passado.
- Em 2017 no Brasil a morbimortalidade (gravidade) foi bem inferior àquela observada em 2016, na qual predominou o H1N1.
- A proteção esperada da vacina é, em geral, da ordem de 85%.
- A efetividade da vacina contra o H3N2 foi baixa tanto aqui como na Austrália em 2017, e também está sendo nos EUA neste ano (~30%).
Para 2018, por determinação da OMS, na vacina trivalente foi mantida a cepa de influenza A (H1N1), mas mudadas a cepa de Influenza A (H3N2) e Influenza B, que passa a ser uma cepa da linhagem Yamagata.
As linhagens ou cepas que determinam a fabricação de vacinas são determinadas pela OMS em função de dados de vigilância, duas vezes por ano, uma para o hemisfério norte e outra para o hemisfério sul. As cepas podem mudar ou não de um ano para o outro.
O Ministério da Saúde sempre vai trabalhar com a hipótese de que serão altas as chances de que tenhamos a mesma variante de gripe que está ocorrendo na América do Norte. Mas na verdade nem temos certeza se será o mesmo vírus a predominar aqui.
Qual o porquê dessas mudanças? Por que a proteção não é permanente? Precisa tomar mesmo todos os anos?
Porque o virus da gripe, em primeiro lugar, é mais que um só vírus mas um conjunto de alguns vários vírus (que são as cepas).
E é um virus que sofre mutações, ou seja, ele muda algumas características de forma que a pessoa é vacinada para um mas é contaminada com outro diferente.
Assim, a vacina tem que ser repetida anualmente.
Sintomas
São parecidos com os de uma gripe comum: dores musculares, de cabeça, garganta e articulações, coriza e cansaço. Também pode haver diarreia e vômitos. Se o paciente tiver febre acima de 38º com início repentino, é preciso procurar cuidados médicos.
Como a febre alta também pode ser um sintoma de dengue, o que diferencia as duas doenças é a manifestação de sintomas respiratórios. Se houver sintomas, a recomendação é se isolar e não ir ao trabalho ou à escola.
Tratamento
- Se comprovado o diagnóstico através de testes específicos, o tratamento é feito com um antiviral conhecido como oseltamivir (ou Tamiflu®). Para ser eficaz, ele precisa ser iniciado nas primeiras 48 horas. Por isso é importante o diagnóstico precoce.
- Como em muitas coisas na vida, o melhor tratamento é a prevenção.
- A melhor forma de prevenção, além das medidas “higiênicas e comportamentais” acima descritas, é a vacinação.
- A composição da vacina é recomendada anualmente pela Organização Mundial da Saúde (OMS) com base nas informações recebidas no mundo sobre a prevalência das cepas circulantes. Assim, a cada ano, a vacina da gripe é modificada com o objetivo de proteger contra os tipos mais comuns de vírus.
Qual a formulação definida pela Organização Mundial de Saúde para o Hemisfério Sul em 2018?
Vacina Trivalente 2018
- Uma cepa viral semelhante ao vírus A/Michigan/45/2015 (H1N1)pdm09;
- Uma cepa viral semelhante ao vírus A/Singapore/INFIMH-16-0019/2016 (H3N2);
- Uma cepa viral semelhante ao vírus B/Phuket/3073/2013
Vacina Tetra (ou quadri) valente 2018
- As três cepas contidas na vacina trivalente +
- Uma cepa viral semelhante ao B/Brisbane/60/2008.
As Indicações São Diferentes? Quem deve Receber a Tetravalente?
As indicações são as mesmas da vacina trivalente. É importante destacar que pessoas que integram os grupos de maior risco para as complicações e óbitos por influenza, na impossibilidade de arcar com o custo de aplicação da vacina quadrivalente (ou na indisponibilidade desta), não devem deixar de se vacinar com a trivalente, seja em Clínicas ou consultórios, seja na campanha nacional de vacinação contra a gripe, realizada anualmente pelo Ministério da Saúde.
As Vacinas Podem Ser Aplicadas Durante a Gestação?
Sim, ambas as formulações (trivalente e quadrivalente) têm nas gestantes um grupo prioritário para a vacinação, já que há maior risco para o aparecimento de complicações.
Interpretação de exames e conclusão diagnóstica são atos médicos, que dependem da análise conjunta de dados clínicos e de exames subsidiários, devendo, assim, ser realizadas por um médico.